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domingo, 30 de maio de 2010

culpa do taichi!


Uma face sem sorriso, dor ou medo? um pensamento sem rumo, desordem ou medo? uma lágrima sem porque, saudade ou medo? porque o medo? porque sempre ele? porque? seria como perguntar porque o bigbang? porque deus? porque? será que o problema é o medo mesmo? ou serão os porques? uma face de rocha, uma casa ou um esconderijo? um buque de flores, amor? um sorriso no rosto, felicidade? um ferimento, uma queda? um tiro, um gatilho? uma criança que chora, fome? uma pessoa que grita, dor? uma pessoa que escreve, porque uma pessoa que escreve? será que eu escrevo apenas porque estou escutando musica, ou porque estou feliz, movido, sentido por algo? mas porque tantos porques? não sei, só sei que sem eles não teriamos nossas respostas, não teriamos nossos questionamentos, não teriamos conhecido nem a metade das pessoas que eu conheço, mas será que ele machuca tanto assim? ou será que ele alegra assim tanto? ou apenas está ali para o que bem entendermos, sei que não tem nada a ver com isso que estou falando, mas me lembrei de algo que me veio na memoria, que nem mesmo lembrava mais, na fabrica onde meus pais trabalhavam tinham enormes galpões de madeira, enormes mesmo, e lá para mim era como se fosse outro mundo, não que pensasse na hora, mas pensando aqui por mim, imagino agora como seria ver aqueles galpões, seriam enormes e feios galpões de madeira, mas como me lembro aqui, usando minha mente de criança, vejo enormes mundos de fantasia, de onde me lembro de coisas que não aconteceram, coisas que sonhei naquele galpão, e se aconteceram não lembro, só lembro que eram enormes galpões de madeira, como se fossem vagões de um trem que me levassem a outro lugar, onde tudo o que eu pensava estava lá, e que as mesmas flores laranjas que vejo ao vir da universidade enfeitavam a entrada daquele vagão magico, porque eu me lembrei disso? porque eu preciso me perguntar isso? só sei que é forte, me sinto andando dentro daqueles galpões, sem medo do escuro, sem medo do tim maia, sem medo de que algo caia das paredes e me pegue, pensando que os anjos dos cartões de marli iriam curar catapora, que tim maia dormia em cima de um pé de manga, que roubar capim era uma boa ideia, que atravessar uma cerca sem ter que se abaixar era o melhor caminho, ou que se pensar em como as pessoas vivem, em como elas pensam, assim sem saber como eu mesmo penso, lembro disso como se fosse uma luz, que vem atingindo os planetas como uma super nova de lembranças, lembranças boas como atirar pedras em um tambor dentro de um corrego sujo, ou de ver as pipas, ou catar os coquinhos do chão, porque eu me lembrei? não tem porque, para mim isso precisa de uma explicação, mas o que eu ganho com isso? eu não sei, isso que é interessante em perguntar porque!

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