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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Se um dia eu voasse...

Sentia que as paredes tremiam, minhas mãos soavam mas fazia o máximo para me segurar dentro daquela enorme tubulação de aço, os ferros rangiam ao meu redor, e por mais que quisesse que passassa, por mais que as leis físicas me dissessem que era impossivel um obejto tão pesado demorar tanto a cair, pareci já ter passado horas, a pequena garota se segura como pode em mim, espero ansioso, como se o estomago fosse dar um nó o baque com o solo, será que é o fim? Dizem que quando se estar perto de ir demoran-se horas para se pensar no que fez, mas no momento não consigo pensar no que fiz, apenas penso no bem estar da garota.
Por entre montes de ferros retorcidos podemos escutar alguem respirar, uma respiração ofegante, como quem puxa ar o mais desesperadamente possivel, e de dentro daqueles montes de ferros, por entre nuvens de poeira, eis que surge uma mão, que saia dos escombros a procura de luz, Jhon consegue sair em meio aos escombros, Anne estava intacta entre seus braços, milesimos antes da queda ele a abraçou.
Consegui sair dos meio dos escombros, conseguir tirar Anne que por mais forte que fosse denotava sinais claros de medo, na minha frente, além de vários escombros via a destruição da cidade, predios em chamas, gritos. Ajudei Anne a se limpar, sentia uma forte pontada no lado esquerdo da coluna, Anne não podia ver, ela não poderia ficar mais angustiada, ela não pode ficar, não quero a preocupar, mas algo me mata.
Um campo enorme de devastação, gritos vinham do alem como fanstasmas que gemiam, incendios por todas as partes, nuvens densas que poeira em todo lugar, o caminho ficava mais denso a cada segundo, a cada passo que os nosso dois andarilhos davam viam apenas destruição.
Ela não soltou minha mão desde que saimos dos escombros, não podia parar, sei que eles ainda viram atrás de nós, mas será que eu consigo andar mais.
Um som forte irrompe o som de destruição, algo metálico, assim como o que eles escutaram a pouco tempo, eram eles.
Anne parou, ambos pararam.
- Jhon são eles?
Perguntou anne assustada. Antes que ele conseguisse responder uma enorme explosão logo ao lado deles o faz se abaixarem, mas por pouco tempo, Jhon segura firme na mão de anne e começa a correr por entre os escombros, escondendo-se dos tiros e explosões continuos que por pouco não os atingiam, saltavam por entulhos, atreavessavam vielas em escombros, as explosões cada vez passavam mais perto.
-Jhon!
Gritou anne ao ver Jhon cair no chão.
Apenas escutava anne a chamar por mim, bem ao longe, e cada vez mais longe, a pouco nem os som das explosões escutava mais, agora apenas sinto a dor, um pedaço de metal perfurou meu corpo, e...
-Jhon!
Ele não me respondia, as explosões ficavam mais proximas, os rangidos do metal também, os laiseres iluminavam os escombros, escutava gritos de soldados.
-Me esute Jhon! Acorde!
Ele não acordava, estava caido, podia ver muito sangue nas suas costas, tinha algo alojado ali, ele precisa de um médico, mas, se ficarmos eles vão nos pegar, o que eu faço?
Anne caiu ao esplodir algo bem proximo dela, ela já podia ver por entre a poeira enormes máquinas ao seu redor, alem de uma imensidão de guardas que se juntavam, olhou para todos os lados, não conseguira ver nenhuma saida, e cada vez mais eles se aproximavam, desesperada, sem saber o que fazer baixou a cabeça para deixar que as lágrimas corresem sem serem percebidas, foi ai que uma de suas lágrimas caiu sobre um livro, livro esse que havia caido de dentro do seu ursinho, o qual estava com o ziper quebrado, ela arregalou os olhos, como se estivesse vendo um trevo quintasse, lembrou dos andarilhos do seu vale, lembrou da sua familia, lembrou de sua terra, lembrou de sua mãe ao dizer te amo, lembrou dos pedidos de cuidado, lembrou do medo que tinham do livro, lembrou do pq eles tinha medo, lembrou de o que sua mãe dizia, que nem sempre quando Tirir aparece no seu é por coincidencia, na página aberta no chão, onde agora tinha se depositado uma de suas lágrimas, viu o desenho do qual qualquer homem de sua aldeia tinha medo, desenho que quando ela avistou Tirir pela segunda vez estava desenhado a sangue em um sinal igual ao do livro, assim com milhares de pensamentos aleatorios em uma milesimo de segundo, por entre as explosões, a pequena garoto como se fosse a pessoa mais forte do mundo, passou o antebraço nos olhos para limpar as lágrimas, e com um estilhaço no chão cortou a ponta do seu dedo, em um corte um tanto profundo, fazendo com que corresse sangue pela sua pequena e delicada mãe, abaixou-se e com seu sangue desenhou o simbolo que vira, pro cima do simbolo do livro, um vento leve e fino passou em seus cabelos, tão leve que nem mesmo a poeira conseguiu levar, Um fino e potente som de harpia se pode ouvir, mas tão leve para anne que nem precisou tapar os ouvidos...

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