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sábado, 24 de abril de 2010

sabe o que eu penso daqui?

Eu penso que vivo dentro de um covil de cobras, mas as vezes me da uma felicidade, uma coisa estranha, mas tenho certeza que não é daqui, deve ser de algum lugar alem do horizonte onde o sol se esconde, onde os brilhos dos olhos não podem chegar, onde quando se pensa que está no final se está apenas começando um caminho sem fim, acho que vem de lá, acho que sim, um lugar onde as coisas acontecem por acontecer, acontecem por terem de acontecer, e não por terem sido forçadas a acontecer como as guerras que acontecem apenas porque são forçadas a acontecer, apenas porque uma pequena parte quer que acontece, uma pequena parte que decide por uma grande que apenas quer viver e ver se consegui um dia alcançar esse lugar onde o sol é mais frio, ou mais quente, ou mais ameno, ou quem sabe como vc quiser, onde as nuvens passam em momentos ritmados como musica, em uma sinfonia de harmonia sem igual, onde a energia cinetica de uma cachoeira ou de um rio que corre não se transforma na energia que corre pelos fios da casa, mas sim que passa para nosso corpo e limpa nossas impurezas, que o ar não é aquilo que nos contamina com bactérias, sim, somente sim o nosso mais preciosos alimento energetico, que a gravidade, centro de massa e essas coisas que nos derrubem sejam apenas necessárias para nos manter no chão, para nos deixar aqui quando preciso, nos deixando voar livres pelo universo, com uma quantidade de ar infinito, onde tudo pode ser explicado ou não, onde tudo pode ser engolido como forma de saber ou não, onde tudo por ser resumido ou não, lugar esse alem do horizonte onde o sol se esconde, mas que o brilho dos olhos da menina pode sim chegar, mas que ela não consegue alcançar, lugar esse onde as coisas acontecem, onde as coisas vivem, onde os humanos deixam de ser maquinas e são apenas humanos, e convivemos com o que vier, com o que tiver, mesmo que seja uma carta que anda e fala, mas nos convivemos, lugar esse onde posso me esconder, sei ate onde é, mas não consigo tocar com meus dedos, nem sentir o ar me levar pelas planicies verdes ou não, mas que posso sentir como se fosse um fluxo energetico de neuronios, que posso imaginar, que posso ate tentar chegar, mas por enquanto estou um pouco longe, ou ja estou dentro e nem percebo, lugar esse que imagino como sendo o mais belo, como sendo o mais calmo, o melhor de se viver, mas quem sabe eu não esteja ja dentro dele? Mas que lugar é esse? agora até eu fiquei curioso em saber onde é, acho que fica na quarta ou quinta esquina da viela dos sentimentos, na rua dos lamentos, proximo a estrada das ilusões, mas que não chega a fazer parte delas, dentro de um lugar, onde o sol se esconde no horizonte e que apenas o brilho dos olhos da menina consegue chegar!

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